Eu já havia decidido ficar sozinha. O sexo já havia sido descoberto, mas faltava alguma coisa…. Tinha tido grandes relacionamentos, homens que qualquer mulher invejaria, mas, nada deles ficou, há não serem momentos. Descobri prazeres ilimitados. O sexo casual, o sexo com duas, três, quatro pessoas, o sexo com pessoas, independente do sexo de ambas, fiz sexo com várias ‘pessoas’. Quis experimentar tudo, quis saber como sentir e dar prazer. Saber o que gostar como gostar e o melhor: Ensinar como eu gosto, como eu quero. Mas, cheguei num determinado momento que isso tudo não tinha mais graça, que chegar em casa com cheiro de sexo e passar o dia relembrando os resquícios deixados pela noite cheia de liberdade já não era legal. Senti-me completamente sozinha. Companhia para o sexo eu tinha várias, mas companhia, apenas uma companhia eu não tinha. De que valia tudo isso?Experiências?! Para quê? Para continuar sozinha? Eu queria mais. Eu queria descobrir o que é fazer amor, o que é se sentir amada, o que é compartilhar um orgasmo com alguém que você gosta e não que você vai ter vontade de jogá-la pela janela depois do prazer. Queria fazer parte da vida de alguém, queria simplesmente estar com alguém. Mas, contrariando o ditado ‘querer é poder’, não foi tão fácil assim. Diferente do sexo, que para mim, sempre fora muito fácil. Vi que precisava sair mudar, conhecer novas pessoas, novos lugares, novas idéias, nova histórias, outra forma de pensar. Mas, por conta do trabalho e de outras responsabilidades, não podia simplesmente abandonar tudo e fugir. Uma amiga me indicou o Yoga. Disse-me que era uma atividade relaxante e ótima para o corpo e para a mente. Não é que ela estava certa? Passei a ter uma vida mais regrada, disciplinada. Comecei a meditar e a pesquisar mais sobre retiros espirituais, algo que conectasse corpo e mente. Fiz amizades e uma em especial. Sempre depois da aula, ele vinha conversar comigo, me convidava para ir ao cinema, mas nunca aceitava. O foco era me conhecer e não conhecer alguém, era me descobrir, descobrir o amor, e não fazer trocas de experiências em camas. Mas, um dia eu aceitei a ir com ele numa exposição sobre arte contemporânea e, no outro dia, ao cinema, no outro um barzinho, depois uma praia e quando vi, estávamos saindo direto e por um momento fiquei perdida em meus sentimentos. Ele me respeitava e nunca havia tentado nada, eu adorava a sua companhia, mas não sabia se era amizade ou, ou, amor??! Sim, acabava de descobrir que eu estava apaixonada por ele. Um pânico se instalou em meu coração. Com medo de estragar tudo, comecei a ficar muito ocupada e a fugir dele. Até que uma semana depois, desaparecida do curso e do telefone, ele foi a minha casa. Não tive escapatória e no meio das desculpas esfarrapadas que eu tentava sem sucesso contar, ele me pegou e me deu um beijo. Um arrepio percorreu meu corpo, aquele beijo fora esperado e desejado. Era real e recíproco, era deliciosamente diferente. Naquele momento, ele me pediu para ser dele, só dele. Me pediu para ficar com ele, para deixar meu medo do lado de fora e se entregar para ele. Não senti medo e deixei ele conduzir a situação. Me colocou no colo e me levou para o quarto. Tirou minha blusa ao mesmo tempo em que eu tirava a sua blusa. Me olhou nos olhos e foi descendo, beijando meus seios através do sutiã. Tirou minha calça e continuou beijando meu corpo. Tirei seu short e ele me levantou e me colocou na cama, terminando de tirar minha roupa. Beijou cada parte do meu corpo, sua língua deslizou por cantos que eu desconhecia e, que o prazer era interminável. Sua boca me devorava, suas mãos me acariciavam e seu corpo quase dava choque ao encostar-se ao meu. Eu não me lembrava de sentir algo parecido com essa sensação de agora. Ele parava e repetia o quanto eu era linda, o quanto ele gostava de mim, o quanto eu era importante para ele. Sua respiração me arrepiava e em meus ouvidos sua voz, baixinha, alimentava a minha imaginação. Foi quando eu fui para cima dele e disse: “Eu quero sentir você dentro de mim”. Ele me tirou de cima e me deitou, veio para cima de mim, levantando uma das minhas pernas e colocando-a em seu ombro e me penetrou, me invadiu… Com seus olhos em cima de mim, seu vai e vem calmo e cheio de prazer me fez explodir, delirar, não conseguia pensar em controle, em nada no momento. Mudamos de posição e eu passei minha boca pelo instrumento que me invadiu, senti meu gosto, senti seu gosto e numa vontade sem limites coloquei tudo na boca, num ritmo que pude sentir a sua respiração aumentar. Colocou-me em pé e por traz, me segurando pela cintura e me beijando a nuca acelerou nossos batimentos me fazendo conhecer outro lado do sexo, o sexo com sentimento….
beijos
@ludfigueira
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